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  • George Benson

Porque é que estamos a mapear Afro-empreendedores e os seus negócios em Portugal?




No ano passado decidimos estar mais presentes no ecossistema de startups europeu, como parte da estratégia da Djassi Africa para apoiar o desenvolvimento e potenciar oportunidades de investimento para Afro-empreendedores na Europa. A missão da Djassi Africa consiste na transformação de Africa através da inovação digital e empreendedorismo. Esta tarefa tão ambiciosa apenas pode ser alcançada se também mobilizarmos, apoiarmos e empoderarmos os inovadores da diáspora Africana espalhados pelo mundo fora e direcionarmos algum do seu capital inteletual, social e financeiro para a transformação do continente Africano.


Quando chegou o momento de escolher a primeira geografia onde iríamos concentrar os nossos esforços iniciais, Portugal surgiu como a escolha natural por ser o país para onde emigrámos e crescemos, tendo um simbolismo muito especial nos nossos corações. Deparamo-nos imediatamente com o grande desafio da falta de representatividade e visibilidade dos Afro-empreendedores no ecossistema de inovação português, impactando diretamente o seu acesso às redes relevantes de apoio e de capital cruciais ao desenvolvimento e crescimento dos seus negócios. Analisàmos vários relatórios publicados pelo ecossistema de inovação português e artigos da especialidade, e deparamo-nos com outro grande desafio – a inexistência de dados referentes a Afro-empreendedores e seus negócios em Portugal.



Para que fosse possível definir uma estratégia sustentada por dados, decidimos analisar uma amostra de 1059 founders de startups com base em Portugal para obter uma perspetiva factual da representatividade dos Afro-empreendedores nesta população – e, desta amostra, chegámos à conclusão que menos de 1% de Afro-empreendedores estão integrados no ecossistema de startups em Portugal (0,8% para ser mais exato).



Por não existirem quaisquer dúvidas de que a percentagem de Afro-empreendedores em Portugal é consideravelmente superior a esse número, muitas questões apoderaram-se da nossa mente:

  • Quem são os Afro-empreendedores em Portugal?

  • Onde estão?

  • Como é que os podemos integrar no ecossistema de inovação português?

  • Como podemos apoiar e desenvolver as suas startups e negócios digitais?

  • Como podemos potenciar oportunidades de investimento para os seus negócios?

Questões extremamente importantes que precisam de respostas fundamentadas e contextualizadas. Não apenas respostas para a Djassi Africa, mas para todo o ecossistema de inovação português. A falta de diversidade e equidade está a custar talento, inovação e retorno financeiro ao ecossistema português.



Decidimos agir para começar a dar resposta a este grande desafio do ecossistema de inovação português, uma vez que o custo de não fazer nada seria simplesmente muito elevado. Esta tarefa tão exigente apenas seria viável através da mobilização de entidades relevantes do ecossistema português para que se juntassem a esta jornada, pois a responsibilidade de criação de um ambiente mais equitativo para Afro-empreendedores no país é de todos. E foi isso exatamente que fizemos nos últimos dois meses, tendo a grande maioria das entidades contactadas abraçado esta causa, o que trouxe alento e uma corrente muita positiva para a concretização desta tão complexa missão (muito obrigado a todos!).



O primeiro passo para a resolução deste problema de diversidade e equidade consiste na identificação e mapeamento dos Afro-empreendedores em Portugal. A existência de dados constitui o pilar fundamental para qualquer mudança estrutural com impacto, sendo, neste caso concreto, crucial para se entender a dimensão e os contornos deste problema que aflige os Afro-empreendedores em Portugal. Esta base sólida permitir-nos-á estimular o diálogo, sensibilizar as entidades relevantes e desenvolver estratégias e soluções para o apoio a Afro-empreendedores no país.


Faz parte desta mudanca, preenchendo e/ ou partilhando o questionário AFROPRENEURS disponivel em: www.AFROPRENEURS.pt


Equitable racial representation throughout the startup ecosystem will empower Afropreneurs to develop solutions to systemic problems, opening up opportunities for Black founders of today and for generations to come.
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