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Djassi Africa analisa startups e negócios digitais de Afro-empreendedores em Portugal


Fernando Cabral e Rudolphe Cabral, Djassi Africa
Fernando Cabral e Rudolphe Cabral, Djassi Africa



Nota de Imprensa - 11 de Julho de 2022


Durante seis semanas, Djassi Africa, em parceria com outras entidades do ecossistema de inovação em Portugal, irá recolher dados para um estudo detalhado que servirá de ponto de referência para caracterizar os empreendedores Africanos e Afrodescendentes em Portugal.

O questionário AFROPRENEURS.PT pretende mapear e analisar os dados referentes à diversidade no ecossistema de startups e negócios digitais em Portugal, identificar quais são os desafios enfrentados pelos Afro-empreendedores, estudar o impacto dos seus negócios, e disponibilizar estratégias e ferramentas para estimular a integração destes negócios de Afro-empreendedores no ecossistema de inovação em Portugal.

O foco do questionário AFROPRENEURS.PT:

  • Colmatar a falta de dados relevantes em Portugal sobre Afro-empreendedores e os seus negócios.

  • Estabelecer o ponto de partida para o desenvolvimento de estratégias, programas e incentivos de apoio aos Afro-empreendedores.

  • Conhecer as áreas de atuação e impacto das startups e negócios digitais de Afro-empreendedores.

  • Aumentar a visibilidade de Afro-empreendedores no ecossistema de inovação em Portugal.

  • Incluir Afro-empreendedores em redes de apoio e investimento.

  • Reduzir as barreiras de entrada no ecossistema a potenciais Afro-empreendedores com ideias e projetos inovadores.


Pedro Filipe, Mi6

"A recolha de dados é essencial para se conhecer verdadeiramente determinada realidade. Enquanto não há dados para provar um problema, esse problema não é oficializado, e pode ser confundido com uma questão de opinião", diz Pedro Filipe, CEO da Mi6, uma das parceiras de comunicação do AFROPRENEURS.PT.



Com +2159 startups registadas e 7 unicorns, Portugal está 13% acima da média europeia no número de startups per capita, estando em número 12 tanto no Top 100 dos ecossistemas emergentes, como na lista dos países mais inovadores da União Europeia.

Tanto em termos geográficos como culturais, Portugal é um dos países europeus mais próximos de África, formando, com seis nações africanas, o Brasil e Timor-Leste, o mundo lusófono. Nos últimos cinquenta anos, Lisboa tornou-se a cidade onde estas culturas se encontram. Todos os anos, elevados números de estudantes oriundos do continente africano terminam os seus estudos em Portugal.

Mesmo assim, numa avaliação inicial da Djassi Africa, os números indicam que existem menos de 1% de Black Founders no ecossistema de startups em Portugal, e a informação referente ao grupo é muito limitada, ou praticamente inexistente. A verdade é que existem limitações no acesso às redes e ao capital necessário para o crescimento dos negócios destes empreendedores.



Yonca Braeckman, Impact Shakers

"Para estabelecer um mercado equitativo para empreendedores de diferentes origens, é necessário entender o seu estado atual. Isto permite definir a meta a atingir e a colaboração entre as entidades do ecossistema", diz Yonca Braeckman, co-founder e CEO da Impact Shakers, uma das parceiras de ecossistema do AFROPRENEURS.PT.


Segundo a Google, “há muito que os Black Founders desempenham um papel fundamental na economia europeia, resolvendo desafios com agilidade, resiliência e tecnologias inovadoras. Mas sabemos que estes não têm as mesmas oportunidades e apoio que outros grupos, apesar do facto de 77% das tech startups lideradas por Black founders gerarem receitas elevadas, e criarem uma média de 5,4 empregos cada uma”.

Em 2021, o Fundo da Google para startups lideradas por Afro-empreendedores (Google Black Founders Fund) investiu $2M em 30 startups na Europa. Em 2022, é investido o dobro do montante de $4M em 40 startups lideradas por Afro-empreendedores. Desde 2021, as startups passaram a angariar $81M em financiamento de follow-up, contrataram mais de 100 funcionários, e aumentaram as receitas em mais de 81%.

Estudos e publicações têm demonstrado repetidamente que as empresas fundadas por equipas com diversidade superam a performance das equipas homogéneas. Segundo a Forbes, “as empresas de founders de origens diversas lucram 30% mais em múltiplo capital investido (MOIC) quando são adquiridas ou tornadas públicas”.

Está aberto o questionário sobre os Black founders em Portugal. Startups e negócios digitais liderados por Afro-empreendedores, bem como pessoas com ideias de negócio inovadoras são encorajados a participar. A pesquisa irá decorrer durante um período de 6 semanas.


Sobre a Djassi Africa

Fundada em 2020, em Londres, a Djassi Africa investe em inovação digital e empreendedorismo, com potencial para acelerar a transformação do continente Africano.

No âmbito da sua missão, a Djassi Africa capacita e empodera inovadores e empreendedores Africanos e Afrodescendentes, investe e desenvolve startups de base tecnológica, e potencia o desenvolvimento de ecossistemas de inovação.



Para mais informações:

Questionário Afropreneurs: www.afropreneurs.pt

Website Djassi Africa: www.djassiafrica.com

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